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segunda-feira, dezembro 17, 2007

X-mas time...

E mais uma vez cá estamos para o Natal... é engraçado que todos os anos calha no dia 25 de dezembro... exactamente uma semana antes da passagem de ano que em 2007 calha no dia 31 deste mês...
Poderia falar sobre muitos assuntos, ou sobre nenhum em particular, mas decidi resgatar para os palcos da ribalta as... Meninas das Lojas...

Ora, Natal é época de festas, família, presentes, trancada anual, trancada por caridade, trancada santa e finalmente consumismo desmedido. E é quando estamos embrenhados neste último espírito natalício que somos obrigados a enfrentar as Meninas das Lojas... Mais que elfos e duendes prontas a auxiliar-nos nas nossas epopeias de compras, elas são os verdadeiros orcs que nos obrigam a gastar dinheiro.

Se já não bastasse termos de comprar prendas para a mãe que quer aquela carteira, para o pai que deseja aquela garrafa de tinto (carrascudo como se quer), para a mulher que quer aquele colar de pedras, para o puto ranhoso que concebemos que por força quer uma boneca da barbie em vez do boneco do Batista "Animal", para filha que já quer comprar preservativos com 11 anos (sai à mãe de certeza), para sogra que sonha com um bilhete de ida e volta para a Madeira (e na realidade lhe sai um só de ida para o Lar), para a amante que quer um colar melhor que o da mulher, para o amigo que só quer gastar dinheiro na casa de meninas respeitosas e um pouco... como hei-de dizer... não é bem fáceis... é mais... putas, vá lá; somos obrigados a deparar-nos com um cenário grotesco das Meninas das Lojas, com o seu sorriso mais amarelo que as camisolas do Paços de Ferreira, com um decote até ao umbigo e com um vazio do tamanho do buraco do ozono na cabeça a perguntar-nos se desejamos ajuda...

O mais irritante nesta situação é que somos bombardeados de sugestões simplesmente ignóbeis, pois julgam-se conhecedoras das pessoas a quem vamos oferecer os belos presentes. E então sugerem tudo e mais alguma coisa, assumindo que temos nós uma carteira como a do Belmiro.
- Boa tarde. Queria comprar um colar para a minha mulher.
- Colar? No Natal? E porque não uma lingerie?
- Não, ela é um saco de batatas.
- E que tal um perfume?
- Ela já tem 17.
- Mas é sempre bom ter mais um. (lá está a necessidade de vender).
- Ouça, eu quero um colar para ela não me aborrecer tanto na cama.
- Ah, se fosse eu, se me oferecem um colar, é meio caminho andado para me levar para a cama.
...
- Então embrulhe-me aí o perfume e escolha um colar para si. (sim, os homens são previsíveis e todos iguais)

Para finalizar, como se não bastasse a batelada na carteira, ainda somos presenteados com uma caixinha com uma ranhura na superfície e um cartão manuscrito com a seguinte inscrição "As empregadas da loja Cow dezeijam-lhe um Felis Natale". Mas, o que esperam eles? Gorjeta? Não dou ao cego que está lá fora a morrer de frio, e pelo menos esse gasta em coisas boas como vinhaça e ganza, e vou dar a estas gordanas pseudo-barbies só porque fizeram o trabalho delas? Se as vi mais simpáticas? Não! Se as vi mais prestáveis? Não! Se estavam nuas e me fizeram sexo oral num gabinete de provas? Não! Então porque raio haveria eu de colocar lá dinheiro!!! Era o mesmo que nas obras, os trabalhadores colocarem lá uma caixinha para as senhoras que passam e ouvem os belos dos piropos contribuíssem para mais uma grade de minis.

Feliz Natal, beijinhos nas pálpebras e palmadinhas nas nádegas,

Copinho de Leite

PS- Já me observaram que tenho uma posição um tanto ou quanto machista e que vejo a mulher como um objecto. Nada pode estar mais longe da verdade! A mulher é também, e acima de tudo, um excelente electrodoméstico de baixo consumo, o único que funciona a pontapé!